GOVERNO PROVINCIAL DO MOXICO ESTÁ SEM CREDIBILIDADE POPULAR POR CONTA DA VIOLAÇÃO SISTEMÁTICA DOS PRINCÍPIOS DA BOA GOVERNAÇÃO, TRANSPARÊNCIA NA EXECUÇÃO DAS OBRAS PÚBLICAS E EFICIÊNCIA ADMINISTRATIVA



Recentemente realizou-se uma songadem onde procurou-se aferir o nível de credibilidade e aceitação que a população (residentes e não residentes) têm perante os ôrgãos administrativos locais e os resultados foram surpreendentes, cerca de 80℅ não está satisfeita com a forma como se está a conduzir os destinos da província. A sondagem foi realizada no início do mês de Novembro passado e contou com a participação de cidadãos de vários extractos sociais, nomeadamente estudantes universitários, docentes universitários, advogados, médicos, ,activistas cívicos e  público interessado.  Tivemos oito eixos de análise:

1. Serviços públicos;

2. Eficiência Administrativa;

3. Gestão de fundos públicos com ênfase ao OGE;

4. Plano Urbanístico local;

5. Participação dos cidadãos na vida pública;

6. Respeito pelos direitos civis e políticos;

7. Cumprimento aos programas de desenvolvimento nacional ( PRODESI, PIIM, etc);

8. Qualidade dos gestores públicos.


A sondagem ainda teve as seguintes opções e resultados:

1. Péssima ( 30℅)

2. Precisamos de mudança (40℅);

3. Má (20℅)e;

4. Boa (10℅).


Entretanto, como podem observar, os dados revelam que a governação a nível local só tem vindo a marcar passos para trás, onde não são conhecidos programas concretos do governo para a execução a curto, médio e longo prazo. Tudo é paliativo; acordam e fazem logo o que sonharam durante a noite. Um país sério não é assim que as coisas funcionam, a governação é feita com políticas públicas eficientes que atendem a demanda popular. Temos problemas de iluminação pública nos bairros, a exemplo do 4 de Fevereiro, Kapango, Zorró, Alto Luena, Km5, só para citar estes, qual tem sido a resposta do Governo face a estas problemáticas? Nenhuma. O que se constata é um descaso total. 


Em relação à gestão dos fundos públicos, é um outro grande problema que temos na província. Grande parte das obras erguidas ou que estão sendo erguidas, são feitas às escondidas, por que carga d' água, ninguém sabe. A exemplo da rotunda do Aeroporto que apesar de ter sido mal construída, não houve informação oficial do Governo a dizer quem era o proprietário da obra, valor, a empresa que estava a construir a empreitada, etc, um sinal claro de o quanto não se está comprometido com a gestão responsável dos fundos públicos. Além do mais, no bairro Tchifuchi, existe uma escola que está há anos parada e até hoje não se tem informações reais sobre as razões da paralização total, uma vez que a escola já anda em fase de acabamento, faltando apenas apetrechamentos, mas decidiram colocar lá os alunos naquelas condições ( confesso que punge-me à alma, ver uma escola que custou tantos milhões dos cofres do Estado a ser abandonada daquele jeito); o outro exemplo é da escola Kwenha que está bem no nariz do Governador Ernesto Mwangala, todos os dias o senhor governador ao acordar vê com os seus próprios olhos que existe uma escola bem na sua frente que precisa de uma intervenção do governo para a sua conclusão, mas nada faz. Continua assistindo apenas, está a espera que o seu mandato termine e deixar tal como encontrou. Sem dizer que bem no nariz do jardim de fronte à JMPLA, está sendo erguida uma quadra desportiva, também às escondidas, constroem como se os fundos estivessem a sair de bolsos particulares, não há sequer qualquer informação sobre a empresa encarregue pela empreitada, proprietário da empreitada, valor, etc, informações que são necessárias à confianças da população perante as entidades administrativas locais. Portanto, são várias situações que precisamos de melhorar na província, p.e, as decisões administrativas sobretudo aquelas que têm impacto social, antes de serem tomadas, deve -se ouvir o Conselho de Concertação Social, em conformidade com o princípio da audiência prévia, ouvir os cidadãos e não os militantes que pouco ou nada contribuem para o desenvolvimento da província, limitando -se a bater palmas por tudo que ouvem, congelando o cêrebro, uma clara manifestação de o quanto a administração pública na província está eivada de gestores incompetentes e maioritariamente ignorantes que abraçam o lambebotismo como mecanismo de sobrevivência pessoal.


Precisamos de mudanças efectivas e urgentes. O Moxico precisa de avançar e esta inação, este desinvestimento não agrada a ninguém. Precisamos de uma governação dinâmica e mais próxima dos cidadãos e não uma governação de vaidosos e de gente maioritariamente incompetentes, sem visão e ideias progressistas que possam catapultar a província para patamares que a todos nos possa orgulhar, quem sabe, conquistar o bom nome e imagem que hoje a Lunda Sul tem e sermos uma referência não só a nível da região Leste, mas de todo o país. Tudo é possível quando aliamos o  trabalho com visão, competência e vontade política.

Hélder Mwana África

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