A inércia da TPA-Huíla e a necessidade de uma comunicação mais abrangente



A atuação da Delegação da TPA (Televisão Pública de Angola) na província da Huíla tem levantado questionamentos sobre sua utilidade para a população local. Este artigo aborda a falta de abrangência da TPA-Huíla em noticiar eventos relevantes na região, limitando-se a promover a imagem da província e do país. Além disso, discute-se a importância de uma comunicação mais inclusiva, que dê voz às populações e sirva como um instrumento de auxílio à governança.

Recentemente, a província da Huíla tem enfrentado diversos acontecimentos dignos de reportagens e cobertura jornalística, como a paralisação dos serviços do Caminho de Ferro de Moçâmedes (CFM) e seus impactos no transporte de pessoas e mercadorias. Outras questões, como as dificuldades de mobilidade na Centralidade da Quilemba e o abandono das escolas de formação média geral pelos alunos em favor da mineração de ouro nos municípios de Jamba, Cuvango e Chipindo, também merecem destaque.



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No entanto, a atuação da TPA-Huíla tem se limitado a obras do Programa de Investimentos Públicos (PIIM) e à promoção da imagem positiva da província e do país. Isso resulta em uma falta de cobertura adequada dos problemas e necessidades das populações locais.

É fundamental que os órgãos de comunicação social do Estado, como a TPA, não se limitem a transmitir apenas a agenda das instituições governamentais. As populações também têm o direito de ter suas vozes ouvidas e seus problemas levados em consideração. A TPA-Huíla deve ir além de reações às medidas ou programas do governo e proporcionar um espaço para as preocupações e demandas das comunidades locais.

Em um modelo de governança centralizada como o nosso, acredita-se que a comunicação social, especialmente as emissoras de televisão, deveriam ser um instrumento de apoio à governança. Elas poderiam servir como os olhos e ouvidos dos decisores em Luanda, já que os líderes não podem estar presentes em todos os lugares ao mesmo tempo. As imagens transmitidas pela televisão têm o poder de despertar emoções e conscientizar a sociedade.

Portanto, a TPA-Huíla ao se dedicar exclusivamente à promoção da imagem positiva da província e do país acaba não cumprindo plenamente seu papel. É necessário que haja uma ampliação da cobertura jornalística, incluindo uma abordagem mais abrangente dos problemas e desafios enfrentados pela população local.

A inércia da TPA-Huíla e sua limitada cobertura dos eventos e necessidades da província levantam preocupações sobre sua utilidade para as populações locais. É essencial que a comunicação social, incluindo a televisão, seja um instrumento de auxílio à governança, dando voz às comunidades e transmitindo suas preocupações para os decisores em Luanda. A TPA-Huíla deve ir além da promoção da imagem positiva e se comprometer com uma cobertura jornalística mais abrangente e inclusiva.


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