Como é sabido e consabido, o Presidente João Lourenço não é homem de grandes recursos retóricos.
No geral, o seu discurso é muito pobre.
É por isso que, vulgarmente, “compensa” a pobreza com recurso a expressões vulgares.
No dia 3 de Fevereiro, na abertura do ano político do MPLA e, para não variar, o Presidente João Lourenço tirou da sua cartola uma vaga ANGOLA VAI VENCER.
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Como seria de esperar, o compulsivo falador – sim, porque ele não resiste a um microfone – não disse como, quando e nem as áreas em que prevê o crescimento de Angola.
Para a generalidade dos observadores - e até mesmo dos próprios militantes do MPLA - tratou-se de mais uma banalidade dita pelo Presidente João Lourenço.
Mas, para surpresa, foi imediatamente incorporado no discurso oficial aquilo que para a generalidade dos angolanos instruídos não passou de mais uma vulgaridade.
O mais recente comunicado da Direcção Geral do Instituto Nacional de Habitação, que anuncia a inauguração de um escritório móvel em Luanda para a regularização jurídica dos imóveis nacionalizados ou confiscados, termina com um estranho ANGOLA VAI VENCER.
Era o “salto” que faltava: a normalização da banalidade.
Graça Campos
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