Agnaldo Jaime diz que UNITEL não tem divisas para a compra de equipamentos no estrangeiro

 


A pressão registada na rede e a redução de divisas para a compra de equipamentos no estrangeiro foram apontadas, esta quinta-feira, como factores que estão na base das constantes oscilações no sistema de comunicações da operadora de telefonia móvel Unitel.

A informação foi avançada pelo Presidente do Conselho de Administração (PCA) da empresa, Aguinaldo Jaime, que falava à imprensa no final de uma vista de constatação dos deputados da  comissão de Saúde, Educação, Ensino Superior e Tecnologia.

O responsável referiu que o facto de Luanda ser o maior centro de consumidores, tem interferido significativamente na estabilidade da rede. Segundo o responsável, a operadora debate-se, igualmente, com a redução de divisas, factor que dificulta a implementação de investimentos em equipamentos, tendo em conta que 80 por cento dos mesmos são adquiridos em moeda estrangeira.

Explicou que com a depreciação acentuada da moeda nacional, a empresa vê diminuída a sua capacidade de fazer novos investimentos em tecnologia de ponta, que exige actualização permanente.


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Aguinaldo Jaime apontou ainda dificuldades de acesso em algumas áreas recônditas do país, por falta de estradas, assim como a existência de terreno acidentado. “A vandalização de algumas infra-estruturas da empresa, por parte de alguns cidadãos irresponsáveis e inconscientes sobre o papel importantíssimo que as telecomunicações desempenham na vida económica e social do país, tem afectado o seu funcionamento”, frisou. Por sua vez, o porta-voz da 6ª Comissão da AN, Narciso Benedito,  afirmou que a visita às instalações da Unitel faz parte do plano de actividades programadas, no quadro da constatação e auscultação da sociedade civil.

Destacou que a visita teve como objectivo conhecer o  funcionamento da Unitel, os constrangimentos, desafios e as conquistas da empresa ao longo dos anos. Narciso Benedito referiu que foram informados que a infra-estrutura da empresa é assegurada, 24horas dias, maioritariamente, por  técnicos angolanos, jovens formados no exterior nas áreas da engenharia de telecomunicações, informática e não só.

O deputado destacou o facto de apesar das dificuldades de acessibilidade em algumas regiões do país, a empresa continuar a prestar o seu serviço nas 18 províncias do país. “A Unitel tem 13 mil km de fibra óptica instalados no país”, disse.  

A Unitel é uma  prestadora de serviços na área de telecomunicações móveis, tendo sido a primeira a operar com a tecnologia GSM no mercado angolano. Foi constituída em 1998 e entrou no mercado em 2001. No terceiro trimestre do mesmo ano assumiu a liderança do mercado em número de clientes.

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