CASO DOS MILITARES DA BRIGADA ESPECIAL DE DESMINAGEM DA CASA MILITAR DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA- DÁRIO GASPAR



Em relação aos vídeos que desde sexta-feira circulam nas redes sociais com declarações de militares da Brigada especial de desminagem da Casa militar do Presidente da República, na verdade nada tem haver com a actual gestão do General Francisco Furtado. Pelo contrário, o actual Ministro de Estado, Francisco Furtado tem estado a desmontar o bar aberto que era a casa militar do Presidente da República.


Infelizmente, no passado recente a Casa militar do Presidente da República era o epicentro dos actos de delapidação do erário público e isto que estes militares expõem nas redes sociais são rastilhos do caso *Major Lussaty* do ano de 2021 que agora contam com algumas influências políticas enquadradas na estratégia da  oposição.



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O banquete na era do Gabinete de Reconstrução Nacional (GRN) era tão volumoso que nas unidades criadas a revelia das FAA, como são os casos da Brigada especial de Desminagem e da famosa extinta unidade de transportes da Casa militar do Cuando Cubango recrutavam, fardavam e introduziam nestas unidades cidadãos sem qualquer formação militar, comprometimento e juramento de fidelidade à pátria e a bandeira nacional. 


Muitos destes ex-militares das FALA da UNITA licenciados a reforma e desmobilizados do processo de paz do Luena de 2002, desertores de outras unidades militares das FAA com até 2 anos de ausência nas suas unidades de origem e cidadãos civis sem qualquer vínculo com as FAA.


O comando daquela unidade concebia tabelas e folhas de salários fora do sistema bancário com valores 2 a 3 vezes superiores aos estabelecidos por lei para os militares das FAA, chegando alguns oficiais a receberem entre 18 a 20 milhões de kwanzas num mês, fora do circuito bancário por alegada falta de documentos pessoais para abertura de contas bancárias.


Decorrido o processo de cadastramento físico presencial, incluindo a captação de imagens e de impressões digitais e biométrico para a transferência dos referidos militares para o Centro Nacional de Desminagem, surgem no seio deles alguns agitadores que alegam não poderem enquadrados naquela instituição em desobediência a lei e as normas de gestão de recursos humanos das FAA.


Pela gravidade dos pronunciamentos feitos pelos militares nos vídeos partilhados nas redes social, os órgãos competentes das FAA devem tomar as medidas que se impõe para restaurar a ordem e a disciplina a quem enverga a farda nacional, evitando que comportamentos desviantes corroam o tecido e o corpo dos que defendem a nação e o povo angolano.


O processos deverá ser conduzido com a responsabilidade e seriedade que o caso exige para se por término as práticas incorretas e desonestas do passado e repor-se a ordem, transparência e disciplina nas instituições de defesa e segurança.


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