CHUVAS DETONAM "MENTIRAS COMPULSIVAS" DO EXECUTIVO ANGOLANO- Elias Muhongo



Nos últimos dias, as intensas chuvas que afetaram Angola, especialmente a capital Luanda, revelaram a verdadeira face da gestão pública do executivo liderado pelo MPLA, partido no poder há 49 anos. As águas, que em teoria deveriam representar esperança e renovação, têm sido, na prática, um poderoso instrumento para expor as falácias de um governo que se utiliza de "mentiras compulsivas" para manter uma narrativa de progresso, enquanto a realidade das ruas mostra o contrário.


Enquanto o governo de João Lourenço insiste nas suas promessas de desenvolvimento e progresso, as chuvas deste mês de dezembro expuseram as falhas graves nas infraestruturas de Luanda. A capital, que abriga mais de 80% da população do país, continua a enfrentar sérios problemas de drenagem, alagamentos e estradas intransitáveis. As áreas periféricas, compostas majoritariamente por musseques (favelas), têm condições precárias de habitabilidade, com elevados índices de pobreza e miséria.



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Moradores de bairros como Cacuaco, Cazenga e Icolo e Bengo estão entre os mais afetados, enfrentando a destruição de suas casas, a morte de entes queridos e a perda de bens materiais devido às inundações. "As chuvas têm sido implacáveis e só têm mostrado as mentiras do governo", diz Armando André, morador da Urbanização Vida Pacífica. A situação é ainda mais agravante quando se leva em consideração os investimentos anunciados pelo governo. Em 2020, João Lourenço autorizou a despesa de 5,5 mil milhões de kwanzas para obras de drenagem no Zango 0, mas, após as chuvas deste ano, a realidade parece estar longe de ser resolvida. "O problema só piora, e o que foi feito com o dinheiro que foi destinado a essas obras?", questiona André.


Promessas Desfeitas e a Perpetuação da Incompetência


O discurso do governo sobre os avanços econômicos e sociais não corresponde à dura realidade vivida pelos cidadãos. Durante o seu primeiro mandato, João Lourenço afirmou que em quatro anos havia feito mais pelo país do que seus predecessores em 40, mas a situação nas ruas e periferias de Luanda sugere o contrário. "O executivo angolano é uma organização de mercenários que só tem mentido sobre tudo: promessas, programas, projetos, reformas", afirmam os munícipes entrevistados pelo Portal Club-K.


Os problemas na habitação, por exemplo, são um reflexo claro dessa desconexão entre discurso e realidade. Muitos cidadãos que conseguiram adquirir casas nas novas centralidades, como a Vida Pacífica, estão decepcionados com a péssima qualidade das construções. Em poucos anos, os edifícios começaram a apresentar fissuras nas paredes, problemas nas instalações elétricas e na canalização de água, além das inundações que afetam diversas zonas. Para agravar a situação, a água fornecida é muitas vezes imprópria para consumo.


A Luta Pela Sobrevivência no Contexto da Pobreza Extrema


A pobreza extrema também é um reflexo da má gestão pública. A falta de políticas públicas eficazes e a falta de visão do governo têm agravado a situação de milhares de angolanos que vivem à margem da sociedade. "O governo só tem agido em benefício de seu próprio partido, o MPLA, e não em prol da população", diz Carlos Martins, um dos moradores afetados pelas chuvas.


De acordo com relatos de residentes, as políticas do executivo não têm melhorado a qualidade de vida das pessoas. Pelo contrário, as condições só têm piorado. "As chuvas trouxeram ainda mais sofrimento. Além das inundações, caíram árvores, postes de eletricidade e até pontes. Não há mais como confiar em um governo que não sabe resolver os problemas básicos", lamentam os moradores.


A Crise Alimentar e a Desesperança


Em meio a esse cenário devastador, muitos moradores de Luanda enfrentam também uma crise alimentar. Rodrigues, um jovem motorista de táxi, relatou ao Portal Club-K que não conseguiu se alimentar durante todo o dia. "Ainda não comi nada desde sábado. Estou apenas chorando, sem saber onde passar a noite. O meu carro não é meu, minhas coisas estão submersas pela água", desabafou, visivelmente angustiado.


Este jovem, que faz parte do grupo de pessoas que receberam moradias na Vida Pacífica, vive agora uma situação de desespero. A promessa de uma casa própria, anunciada como uma grande conquista pelo governo, transformou-se em mais um fracasso, com as habitações que deveriam oferecer segurança e conforto, rapidamente se tornando um fardo para seus moradores.


O Futuro das Políticas Públicas em Angola


A falta de responsabilidade do governo diante dos desastres naturais e a evidente incompetência na gestão das políticas públicas têm levado muitos a questionar o futuro de Angola. "O que estamos vivendo não é só uma questão de incompetência, mas de uma verdadeira guerra contra o povo. A lei da pilhagem e da opressão tem sido a norma", afirma o professor Isaac Domingos.


Carlos Martins compartilha dessa visão, afirmando que o governo está promovendo a destruição das condições mínimas de vida para os cidadãos e não há sinais de que a situação vá melhorar. "Estamos enraizados em um país de hipocrisia. O que nos resta é esperar por um novo governo, um novo partido que saiba como cuidar do país e da sua população", conclui.

As chuvas em Angola não só trazem o caos físico, mas também expõem a falácia de um governo que, por anos, tem alimentado o povo com promessas vazias e mentiras. A população de Luanda e de outras regiões do país vive um cenário de crescente desesperança, enquanto o governo persiste em sua retórica de progresso, sem oferecer soluções concretas para os problemas que afligem o povo. A chuva, em vez de ser sinônimo de renovação, tem sido um espelho das falhas e do descaso de um executivo que, cada vez mais, se afasta da realidade vivida pelos cidadãos.


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