As notícias que nos chegam sobre o desfalque financeiro na AGT, é de cortar os pulsos e enfiá-los num balde com água quente e chorar pela nossa pouca sorte.
Para um país, cujo Governo em funções, apostou no combate à corrupção, ver os seus altos-funcionários das finanças públicas envolvidos nesse escândalo, remete-nos à uma tristeza profunda e leva-nos a pensar que, afinal, os esquemas, as trafulhas, as mãos cumpridas e os vícios de mexer no que é do Estado continua nos corredores e gabinetes das instituições públicas.
Pior ainda por se tratar de jovens, que deviam ter maior consciente do bem comum, mas que, infelizmente, uma meia dúzia de mocinhos, filhos do ventre da mãe deles, torraram mais de 7 mil milhões de kwanzas em aputaros, viagens, carros, relógios, roupas, whiskey, vinhos e sushi, quando temos um país economicamente caído.
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E para a nossa vergonha colectiva, o aputaro e a festinha que foram feitas com o dinheiro de todos nós, acontece semanas depois de o Presidente da República, João Lourenço, ter ido à França procurar uma injecção financeira para o país, de onde teria conseguido lá uns 100 milhões de euros de um volume de 400 solicitados.
Todavia, pela velocidade da informação, de certeza absoluta que os franceses já devem ter se apercebido que, enquanto juramos de pé juntos que estamos falidos e que precisamos de uma reanimação financeira, existem, afinal, em Angola, orgias, festinhas, banquetes, rolé e bebedeiras financiadas com o dinheiro público.
Também já devem ter consciência que, enquanto a maior parte das famílias não têm o que comer, um número expressivo de cidadãos a sobreviver dos contentores de lixo, hospitais sem medicamentos, estradas partidas, crianças fora do sistema de ensino e a agricultura de rastos, há, afinal, um grupinho de mocinhos, bonitinhos, barbinhas bem fetinhas e fatos da moda, a brincar com o dinheiro dos contribuintes que, todos os dias, apertam os cintos para honrar os seus compromissos com a AGT.
Não pode ser, não é justo. É que, depois da sangria financeira que o país viveu, durante os quase 40 anos de governação de José Eduardo dos Santos, devíamos ter jovens mais comprometidos com as causas nacionais. E saber que os miudinhos da AGT não estão alinhados com aquilo que são as políticas de governação, é de uma tristeza profunda.
Que pouca sorte!
Domingos Bento
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