O FANTASMA COM PASTA- JORGE EURICO


Mário Oliveira. Chamam-lhe ministro. É um erro de dicionário. Fantasma com pasta. Sombra com salário. Ministro sem ministério. Fala. Ninguém ouve. Sorri. Ninguém acredita. Mexe os lábios. Nada sai. É cartaz. É eco vazio. É poder de papel. Na rua, não se encontra. No gabinete, não se sente. Na televisão, sorri. Falso.


    Decisões caem. Ele assiste. Distante. Intocado. Greve explode. PCA’s lutam. Resistem. O ministro some.

Esconde-se por detrás de uma moita. Tudo falha. Culpa espalhada. Tudo corre. Mérito invisível. O cidadão cala. Engole seco. Negociação? Nunca. Ameaça? Sempre. Caos domesticado. Governo presente. Ministro ausente. Jornalistas sofrem. Cidadãos sofrem. A democracia sangra.


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   Mário Oliveira despacha papéis. Quer coleira curta. Jornalistas mansos. Sorriso plástico. O País espera. Papéis voam. Reuniões vazias. Frases decoradas.

Silêncio imposto. Serviços mínimos ignorados. Informação bloqueada.

Direito de saber mutilado. PCA’s avançam. Lutam sozinhos. Sem aplausos. Sem crédito. Quando a greve ameaça estourar, Mário Oliveira faz o impensável: Manda os PCA’s ao Tribunal. Providência Cautelar na mão. Fogem da greve. Fogem da verdade. O ministro foge da sua responsabilidade. Quem é angolano conhece o ditado:

“Não se mandam crianças ao mercado.” Sobretudo quando o assunto é sensível. Sobretudo quando se trata de jornalismo. Principalmente quando se trata de jornalistas.


   O tempo passa. O País paga. Silêncio cresce. Impunidade floresce. A verdade recua. A democracia nascente e traída. Esfaqueada. Ferida. O ministro volta. Aplausos fingidos. Nada muda. E vem o golpe final: O Governo torce a Justiça. Convence o juiz. A Providência Cautelar cala a greve. Vitória rápida. Vitória suja. Chamam-lhe triunfo. Não é. É medo.

É força frágil. É democracia rasgada. Vitória de Pirro. O ministro sorri. Esfrega as mãos. Finge vitória. Fantoche com assinatura.


  O País observa. O silêncio grita. A democracia sangra. A verdade recua. E o recado sobe ao Palácio: “Camarada Presidente, consegui. Dobrei o Sindicato dos Jornalistas.” Mas esta vitória é falsa. Vitória de Pirro. O cidadão-eleitor sabe. O Jornalismo sente. O Governo perdeu a legitimidade. No fim, o triunfo é deles. A vergonha é de todos.


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