Pelo menos 64 pessoas morreram e 81 foram presas nesta terça-feira (28/10) durante uma megaoperação das Polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro nos complexos do Alemão e da Penha, na capital fluminense.
Entre os mortos, estão quatro policiais, segundo informações da Polícia Civil. Há também registros de policiais e moradores baleados.
A operação dessa terça-feira foi a mais letal já registrada desde 1990 na região metropolitana do Rio pelo Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos da Universidade Federal Fluminense (Geni/UFF).
O grande número de vítimas foi criticado pelo Alto Comissariado dos Direitos Humanos das Nações Unidas, que se disse "horrorizado" com a operação nas favelas.
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"Essa operação mortal amplia a tendência de consequências extremamente letais das operações policiais nas comunidades marginalizadas do Brasil. Lembramos as autoridades de suas obrigações sob as leis internacionais de direitos humanos e pedimos investigações ágeis e eficazes", disse o órgão na ONU na rede social X.
Como foi a operação, segundo o governo estadual
A operação envolveu 2,5 mil agentes das forças de segurança do Rio de Janeiro para cumprir cem mandados de prisão em uma área de 9 milhões de metros quadrados.
A ação foi classificada pelo governador do Rio, Cláudio Castro (PL), como "a maior operação das forças de segurança do Rio de Janeiro", e faz parte da Operação Contenção — uma iniciativa permanente do governo do Rio contra o Comando Vermelho.
"Essa operação teve início com o cumprimento de mandados judiciais e uma investigação de mais de um ano e planejamento feito há mais de 60 dias", afirmou o governador em coletiva de imprensa na manhã de terça.
Participaram policiais militares do Comando de Operações Especiais (COE), de batalhões da capital e da Região Metropolitana, além de equipes da CORE e de todas as delegacias especializadas da Polícia Civil.
Segundo Cláudio Castro, mais de 100 fuzis foram apreendidos pelas Polícias Civil e Militar durante a operação. Uma grande quantidade de drogas também foi confiscada, de acordo com o governo do Estado.
Como consequência da ação policial, dezenas de escolas e universidades tiveram aulas suspensas na região metropolitana.
Houve também relatos de impacto no transporte público e ruas desertas em diversos locais durante a noite de terça.
Entre os presos na ação, estão acusados de liderar o tráfico de drogas sob o Comando Vermelho, como Thiago do Nascimento Mendes, conhecido como Belão.
Ele teve a prisão anunciada por Castro durante a coletiva.
Nicolas Fernandes Soares, apontado pelas autoridades como operador financeiro de um dos chefes do tráfico, também foi preso.
Os confrontos entre policiais e traficantes aconteceram majoritariamente em áreas de mata, segundo o governador, mas houve tentativas de criminosos de fechar vias da região, como a Avenida Brasil.
Na madrugada desta quarta-feira (29/10), a Prefeitura do Rio de Janeiro informou que não havia mais vias obstruídas em decorrência de retaliações do Comando Vermelho (CV).
Durante a manhã, os criminosos usaram drones para lançar bombas e atacar policiais. Também foram vistos fugindo em fila indiana da Vila Cruzeiro durante a operação.
Barricadas com veículos queimados também foram montadas por criminosos em diversos locais da cidade em represália à operação policial.
Em função dos bloqueios, o Centro de Operações e Resiliência (COR) do Rio elevou o estágio operacional da cidade para o nível 2, de uma escala de 5.
A Polícia Militar colocou em resposta todo seu efetivo nas ruas, suspendendo todas as atividades administrativas.
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