Eu, jornalista-em-chefe Salas Neto, já tenho desde sábado o computador portátil que requeri em público na sexta-feira, sob a alegação de que corria o risco de vir a sair do facebook por tempo indeterminado devido a razões técnicas, o que seria decididamente uma baixa irreparável entre as forças progressistas, na luta pela consolidação da nossa democracia.
O equipamento, novinho em folha, foi-me oferecido pela Dra. Carolina Cerqueira, que o terá feito nas vestes de simples cidadã e não na condição de ministra de estado para a área social, embora seja difícil separar uma qualidade da outra.
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Pelo menos foi o que deduzi da rápida conversa que tive com o «operativo» enviado ao meu chalé para proceder à entrega do computador. O homem disse que a senhora, minha antiga colega na faculdade de Direito da universidade Agostinho Neto nos idos de 90, lhe havia mandado sublinhar que a oferta não tinha nenhum cariz político, o que era bom para a minha liberdade intelectual, por esbatimento desde logo da pressão moral que tal sempre implica.
A fezada começou a desenhar-se já na sexta-feira por interposição do Ngouabi Salvador, ao decidir partilhar a minha publicação num grupo do whatssap que Carolina Cerqueira também frequenta, a partir do qual manifestou a sua predisposição para ajudar a resolver o problema.
Quando o Raimundo Salvador, irmão daquele, me ligou no mesmo dia para anunciar que o assunto já estava ultrapassado, mas sem saber dizer por quem, cheguei a pensar que ele estivesse a gozar comigo, por causa de certas desinteligências que havíamos acabado de ter dias antes. Mas também cheguei a sonhar que estivesse a enviar um recado do Drumond Jaime, que poderia querer evitar o que se passou com o Salambende Mucari, que me perdeu por não ter querido abrir os cordões à bolsa para me comprar um computador, como conto na «petição». Quem não sabe, que fique a saber que eu sou colunista dum dos jornais das Edições Novembro, o quinzenário «Metropolitano».
Fui abusado por um tal de António Pelinganga Kay, que disse muito ofensivamente, dum coro que estava a brincar, que eu não precisava de computador nenhum, mas sim duma máquina de braile, «porque já não vês, és cego». Como não sou de dar a outra face, mandei-lhe uns bons «piropos», em especial por ter dito depois, sempre a abusar, que a solução do problema passava por uma «vaquinha», algo que abomino, embora possa parecer paradoxal. Claro que se fosse no mural do «bloqueador implacável», o gajo já teria ido para a cucuia. Para mim, o ideal seria uma boa surra física e não virtual, umas tantas chapadas de catana naquele rabo preto, fidaputa.
Como até os meus amigos mais chegados desmarcaram dum coro, sendo que todos fingiram que nem deram com a publicação, não fosse eu virar-me para eles directamente, só me resta dizer: muito obrigado, D. Carolina Cerqueira. E, se quiser, pode estender os meus agradecimentos ao Executivo. O resto é resto!
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