O bairro Marçal, nem por isso, era um bairro assim tão grande geograficamente. Passar por aquele bairro naquele tempo sem espreitar o tamanho da movimentação era impossível.
A rotina das putas brancas e negras, naquele pequeno triângulo entre o quintal dos SMAE, a casa Suba e o salão do Giro Giro, despertava a curiosidade das minhas vistas.
Aquele triângulo tudo indicava que era uma zona específica permitida pelo regime colonial português para a prática da prostituição, sem qualquer restrição.
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A prostituição não era proibida; se fosse, a maioria dos clientes não seriam os militares portugueses, que, nas suas folgas, abarrotavam a zona e eram considerados a melhor clientela pelas putas brancas e negras.
Me recordo como se fosse hoje, embora fosse garoto, das horas inteiras que passei naquela zona sem sentir fome, só mesmo para apreciar o ambiente e castigar o bicho na escuridão.
Acabava por sair de lá já empanturrado só de ver tantas putas brancas e negras, algumas seminuas, de pernas abertas, completamente escancaradas.
Impressionante era a movimentação naquela pequena zona, que me deixava a sensação de que estava em um outro mundo dentro de um mesmo mundo.
O barulho dos carros e motorizadas que circulavam por aquela área se misturava com o som da música alta que saía do salão do Giro Giro e com os gritos das prostitutas que chamavam pelos clientes.
Fernando Vumby
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